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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Berço da internet projeta máquina 10 milhões de vezes mais veloz que PC


Agência americana lançou programa para construir máquina mais rápida.
Computador deverá fazer 1 quintilião de cálculos matemáticos por segundo.

A Agência de Pesquisa de Projetos Avançados de Defesa (Darpa) norte-americana anunciou nesta semana um projeto para construir o supercomputador mais rápido do mundo. A máquina que os pesquisadores querem desenvolver deve ser mais de 500 vezes mais veloz do que o supercomputador mais poderoso em funcionamento e atingir a marca de 1 quintilião de cálculos matemáticos por segundo. A Darpa é a responsável pelo nascimento da rede que serviu como embrião da internet, conectada pela primeira vez em 29 de outubro de 1969.
A velocidade dos computadores é medida em Flops – sigla em inglês para operações de ponto-flutuante por segundo –, cálculos que envolvem números muito pequenos ou muito grandes. Um bom computador caseiro, com o processador Intel Core i7 980 XE, por exemplo, opera em pouco mais de 100 GFlops – 100.000.000.000 dessas operações a cada segundo. A nova máquina será, portanto, 10 milhões de vezes mais veloz do que as máquinas domésticas.

Em 2008, pesquisadores conseguiram quebrar a barreira dos petaflops (PFlops) – o equivalente a um quadrilhão, 1.000.000.000.000.000 de cálculos por segundo. O IBM Roadrunner, que está em um laboratório no Novo México, Estados Unidos, chega a 1,1 PFlops. O que a Darpa quer agora é chegar a um quintilião de operações, mil vezes mais do que isso (1.000.000.000.000.000.000 operações por segundo).
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Atualmente, o supercomputador mais poderoso do mundo é o Jaguar XT5, construído pela Cray no Oak Ridge National Laboratory, em Oak Ridge, Tennessee, com velocidade de 1,759 PFlops. Ou seja, se conseguir chegar ao quintilião de operações, o computador planejado pela Darpa será 568 vezes mais rápido do que o Jaguar.
O Jaguar ocupa o primeiro lugar da lista TOP500, que divulga os supercomputadores líderes em velocidade no mundo, desde 2009.
Um documento publicado pela Darpa explica que o sistema Omnipresent High Performance Computing (OHPC) envolverá novas pesquisas e desenvolvimento, para aprimorar hardware, software e design de linguagem que permitam alto desempenho, melhor hierarquia de memória e armazenamento, entre outras características. Até o dia 6 de agosto, empresas podem apresentar projetos para participar do programa da agência.
Com o passar dos anos, pesquisas como essa e os avanços das tecnologias de computação provocam a queda no custo das operações realizadas pelos computadores. Em 1961, o custo aproximado por GFlops era de US$ 1,1 trilhão (o equivalente a 17 milhões de unidades do IBM 1620, que custava US$ 64 mil). Em 1984, chegar a essa velocidade custava US$15 milhões. De lá para cá, os números só despencam: US$ 30 mil em 1997, US$ 1 mil em 2000, US$ 82 em 2003 e apenas US$ 0,13 em 2009.

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